quarta-feira, 24 de agosto de 2016

A Caixa de Pássaros

"Como pode esperar que alguém sonhe em chegar às estrelas se não a permite erguer a cabeça e olhar para elas?"

  Estava eu belíssima e distraída pelos pelo site da saraiva quando de repente me deparo com uma capa maravilhosa e letras gritantes de ordem bem clara:

                                          (Ok, querida)

  Porém, queridos leitores, não foi o aviso que me chamou a atenção, o nome do livro (bem subjetivo) foi o que fez meus olhos brilhares, logo não demorei a ler a sinopse do meu amado “A Caixa de Pássaros” e ficar super curiosa.


  O livro começa com Melorie, a protagonista, tomando, ao que parece, a decisão de uma vida, ela acorda seus filhos que são carinhosamente (ou não) chamados de Garoto e Menina, os manda se vestir e afirma para si, com muito medo, que está na hora de sair e de olhos vendados cruzar o rio que corre atrás da casa em que ela vive com os filhos e assim dar um futuro mais digno as crianças.

"As crianças nunca viram o mundo exterior da casa, nem pelas janelas, e Malorie não o vê há mais de quatro anos"

  Logo você descobre que a pobre Melorie está vivendo em um mundo onde o chamado “O Problema”, está acontecendo, mas o que seria esse tal problema?
  Um caminhoneiro devorar os lábios do amigo para logo em seguida se matar?
  Duas senhoras que pareciam em ótimo estado de saúde se comportando (literalmente) como animais e matando quem se aproximava para em seguida se matarem?
  Sim! Isso mesmo, o mundo entrou em colapso, com pessoas dos mais variados tipo e nos mais variados lugares cometendo assassinatos extremamente cruéis para logo em seguida tirarem suas próprias vidas.
   Nossa protagonista se vê em meio a esse caos que cresce em velocidade absurda estando grávida após uma transa de uma só noite. (Oh azar)
Ela decide ter o bebê em meio a pessoas pregando cobertores escuros nas janelas e trancando portas para não olhar para o lado de fora, para não ver o que as faria enlouquecer com apenas um olhar.
  
"É um blecaute. Pensa melorie. O mundo, o exterior está sendo apagado."

  O livro se divide em presente e passado, no presente Melorie já está com seus filhos há quatro anos sobrevivendo e se questionando a todo o momento se foi uma boa mãe, se aquele mundo não roubou de seus filhos tudo o que ela queria lhes dar. Enquanto o passado nos mostra como o mundo chegou ao estado em que se encontra e como Malorie chegou ao estado atual com suas crianças. 


Opinião:

  Josh Malerman nos presenteia com uma obra maravilhosa, não há outra palavra. O livro causa um estado de agonia interminável, você se sente vendada, você se sente dentro daquele mundo aonde nada pode ser visto e sente junto com todos os personagens da trama o medo do que está acontecendo longe de suas vistas. (Tenho que dizer que li o livro de uma só vez e senti certa paranoia logo depois andando pelas ruas. Eu não duraria um dia no mundo de A Caixa de Pássaros.)

  Malorie é uma mulher forte que sobreviveu por seus filhos, que deu tudo de si por suas crianças, você se vê torcendo para que ela consiga dar ao Garoto e a Menina tudo que ela deseja dar a eles, para que ela possa descansar.

“Não importa quais ferramentas leve, não importa qual objeto da casa seja usado como arma, ela sabe que as vendas são a maior proteção para ela e os filhos.”

  Porém é com muito pesar no coração digo que o que foi maravilhoso poderia ter sido perfeito. O final, caros amigos, a meu ver, deixa a desejar. Você entende qual foi à proposta do autor, mas sua curiosidade de leitor simplesmente não aceita que aquela tenha sido a forma que acabou, sua cabeça ainda cheia de porquês não quer que aquele seja verdadeiramente o fim.
  Bom, a esse livro eu daria a nota nove com os dedos coçando para dar dez (onze até).
  Será que é pedir muito uma continuação?





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8 comentários:

  1. Tenho lido resenhas sobre esse livro e devo confessar que estou curiosíssima. Quero saber como o mun do chega a essa situação.
    Bjs

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  2. Olá,
    Morro de vontade de ler o livro, mas agora com sua resenha fiquei com um pé atrás rsrs
    Acho que me sentiria claustrofóbica só lendo pela sua descrição de que nos sentimos vendada e dentro daquele mundo aonde nada pode ser visto.
    Parece ser uma leitura bem envolvente e cheia de mistérios.

    http://leitoradescontrolada.blogspot.com.br/

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  3. Olá, eu tenho vontade de ler esse livro pois acho a história interessante, mas é algo que tenho adiado justamente por causa do final, ficaria bem revoltada se lesse o livro todo e no fim eu não tivesse as respostas que procurava. Ótima resenha!

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  4. Olá!
    Eu tenho esse livro, mas ainda não o li. Desde o lançamento eu vi comentários super positivos sobre o livro, mas não sei por que raios ainda não arrumei tempo para conferir a obra, rs.
    Gostei de saber que a personagem é uma mulher forte, gosto de protagonistas assim.
    Uma pena que o desfecho não tenha te agradado.
    Espero ler a obra em breve! Ótima resenha!
    Beijos!

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  5. Eu amei esse livro, cheguei ater crise de ansiedade com a travessia dela e da Menina e do Menino. Achei emocionante o momento que ela dá nomes a eles. rs
    E ele é o que tu fala é um triller psicológico pra ninguém botar defeito e o segredo é viajar na imaginação desse autor.
    Bjs

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  6. Hey! Já ouvi falar do livro, mas confesso que não chama muito a atenção. Eu nunca costumo ler algo assim, mas nem é por falta de vontade ou curiosidade, porque isso tenho de sobra rs. Mas acho que essa agonia de ler acaba me deixando muito ansiosa kkkk o que acaba tirando o prazer da leitura rs. Flores no Outono 

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  7. Esse livro me marcou muito, pois nunca tinha lido algo pra me deixar com medo de verdade, e essa história conseguiu. O que as crianças passam também é algo muito louco e que marca muito a leitura. Queria que esse livro tivesse tipo umas 400 páginas porque é bom demais!

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  8. Josh Marleman é um autor perfeito além de ser muito simpático, seu livro é muito bom, principalmente o final que deixa aberto para várias conspirações sobre o que são as coisas. Li duas vezes. Bjs

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